Relatório do Estado do Ambiente dos Açores

Água
Captação e consumo de água
  1. O indicador consumo de água está fortemente relacionado com a pressão sobre os recursos hídricos regionais. Preconiza-se, fundamentalmente, uma otimização deste recurso, privilegiando-se a gestão na procura relativamente à gestão da oferta no sentido de promover a  redução de consumos evitáveis, desenvolvimento e aplicação de tecnologias que permitam reduzir os consumos de água dos processos produtivos das atividades que exigem maiores disponibilidades.

  2. Desde 2007 que se verifica um ligeiro decréscimo no consumo de água, com uma diminuição do consumo mais acentuada no ano de 2012, sendo as ilhas de São Miguel e Terceira, as mais populosas, as que contribuem para a diminuição do consumo de água. Este facto poderá ser indicador de uma maior racionalização da utilização da água e consequência da conjuntura económica. Contudo, a partir de 2013 denota-se um ligeiro aumento no consumo de água na Região.

  3. De acordo com a Diretiva-Quadro da Água, a definição do preço da água deve considerar não apenas o princípio de recuperação dos custos dos serviços de utilização da água, mas também as diversas externalidades associadas à utilização do recurso (custos ambientais e de escassez), uma vez que a sua internalização total ou parcial nas taxas e tarifas (preço-sombra do recurso água) conduzem a uma maior racionalidade na utilização dos recursos hídricos (INAG, 2001).

  4. Entre 2014 e 2016, os municípios açorianos com maiores volumes de água faturados foram Ponta Delgada, seguindo-se Angra do Heroísmo, Ribeira Grande, Horta e Praia da Vitória, todos com valores de volumes faturados superiores a 1 milhão de m3 que, no seu conjunto, representaram cerca de 51% dos volumes totais faturados na RAA.

  5. Relativamente ao volume de água faturado por sector de atividade, verifica-se que entre 2011 e 2016 predomina a faturação para o sector particular (na ordem dos 65%), seguindo-se os volumes faturados para o uso empresarial (26%) e o uso público (9%). Confirmando a tendência do consumo de água, em 2012 registou-se uma diminuição do volume faturado em relação ao ano de 2011. De 2013 a 2016 tem-se verificado um ligeiro aumento do volume faturado em todos os setores de atividade.

Última atualização a 15-05-2017