Relatório do Estado do Ambiente dos Açores

Energia e Transportes
Transporte terrestre
  1. Em 2019 o parque automóvel nacional situava-se nos 7.914 mil veículos, ou seja, em média 64% da população portuguesa possuía veículo. Na Região Autónoma dos Açores, existiam 161.767 veículos segurados em 2019, pela média, 53,7% dos Açorianos possuíam véiculo, mais 5.228 do que em 2018 (PA, 2019).

  2. O crescimento médio do parque automóvel nos Açores foi de 3,3% (6,5% em 2018), acima da média geral do país que se situou em 2,8% (PA,2019).

    Nos Açores, o crescimento acentuado do consumo privado, favorecido pela conjuntura económica, levou a um incremento bastante significativo do número de veículos em circulação. Entre 2008 e 2019, verificou-se um aumento significativo do parque automóvel da Região. Enquanto que em 2008, o parque da Região era composto por 114.075 veículos, em 2019 esse número ascende a 161.767 veículos.

  3. Analisando a idade do parque automóvel da Região em 2019, verifica-se que  cerca de 18,2% dos veículos tem menos de 5 anos, 17,9% tem entre 5 a 10 anos e 63,9% têm mais de 10 anos.

  4. O Parque automóvel dos Açores é constituído, em 2019, por cerca de 161 mil veículos, dos quais 135.302 (84%) são veículos ligeiros, 11.503 (7%) são motociclos e ciclomotores, e 9% divididos pelas restantes categorias (PA, 2019).

  5. No que concerne à densidade de veículos por Ilha, verifica-se que a ilha de São Miguel, com 84,1 mil veículos em 2019, detém 50,9% do parque de veículos total da Região, seguida da ilha Terceira com 37,9 mil veículos. O Faial com 11.584 veículos e o Pico com 10.856 veículos, são as restantes ilhas com maior número de veículos (PA, 2019).

  6. Em relação ao número de veículos por habitante, verifica-se em 2019 que a ilha de São Jorge é a que apresenta maior número de veículos por habitante (0,80 veículos/habitante), seguida das ilhas do Faial, Pico e Santa Maria, com 0,77 veículos/habitante, a ilha Graciosa com 0,71, Terceira com 0,67, Flores com 0,65 e as ilhas de São Miguel e do Corvo com 0,61 e 0,46 veículos/habitante, respetivamente (PA,2019).

  7. A análise da evolução do número de passageiros transportados no transporte público regular entre 2008 e 2017 não demonstra uma tendência clara de evolução. A partir de 2017, este número tem sofrido um decréscimo acentuado, alcançando o valor mínimo de 6.928.351 passageiros em 2019, o mais baixo dos últimos 15 anos.


    Em 2019 foram transportados na Região Autónoma dos Açores cerca de 6.928 mil passageiros, representando uma diminuição de 21%, ou seja, menos cerca de 1.820 mil passageiros quando comparado com o ano de 2017. Em relação a 2018, verifica-se uma diminuição de 11%, ou seja, menos cerca de 885 mil passageiros.


    A ilha com maior decréscimo, em 2019, em termos de passageiros transportados, foi a ilha  de São Miguel, com menos 761.031 passageiros, seguido da ilha Terceira, com menos 110.502, e por último a ilha de Santa Maria, com menos 5.403, comparando com 2018.


    O maior crescimento e único, em 2019, verificou-se na ilha das Flores com um aumento de 3.823, comparando com 2018.

  8. A ilha de S. Miguel com 4,3 milhões de passageiros/ano representa cerca 62% dos passageiros transportados na Região, seguindo-se a Terceira com 29% (1,9 milhões de passageiros), sendo que as restantes ilhas representam 9% dos passageiros transportados.

  9.  Fonte: DRT (Direção Regional dos Transportes)

    Em termos de distribuição do fluxo de passageiros pelos meses do ano, verifica-se que o transporte coletivo de passageiros está fortemente dependente do transporte de crianças e jovens em idade escolar, uma vez que os períodos de férias escolares apresentam decréscimos para cerca de metade do fluxo de passageiros transportados.


    O transporte de mercadorias em veículos automóveis (pesados ou ligeiros) constitui a única alternativa interna de transporte de bens, face à realidade arquipelágica e à reduzida dimensão das ilhas Açorianas.

  10. Os principais constrangimentos deste setor resultam da reduzida dimensão dos mercados e ausência de economias de escala, o que conduz a uma forte dependência não só do transporte marítimo de mercadorias, mas também do setor da construção civil, onde grandes variações de atividade representam riscos elevados para a sustentabilidade das empresas e do sector. Apenas existem dados disponíveis do parque automóvel de veículos de mercadorias até 2017.

Última atualização a 15-01-2020