Em 2016 o parque automóvel nacional situava-se nos 7.129.000 veículos, ou seja, em média 64% da população portuguesa possuía veículo. Na Região Autónoma dos Açores, existiam 141.132 veículos segurados em 2016, pelo que em média, 53.7% dos açorianos possuía veículo, mais 4.897 do que em 2015. Representando, em 2016, 2% do total do parque automóvel nacional, o que coloca os Açores em igualdade com outras regiões do país, tais como: Beja (1,5%), Bragança (1,6 %), Évora (1,6%), Castelo Branco (2%), Guarda (1,9%), Portalegre (1,1%) e Madeira (2,1%).

Nos Açores, o crescimento acentuado do consumo privado, favorecido pela conjuntura económica, levou a um incremento bastante significativo do número de veículos em circulação. Entre 2008 e 2016, verificou-se um aumento significativo do parque automóvel da região. Enquanto que em 2008, o parque da região era composto por 114.075 veículos, em 2016 esse número ascende a 141.132 veículos.

O crescimento médio do parque automóvel da região, em 2016 foi de 3,6%, acima da média geral do país, que se situou em 2,8%.

Os Açores são uma das regiões do país com o parque automóvel mais recente em termos de idade dos veículos, superando em todos os escalões etários a média do país o que permite concluir que os Açores possuem um dos parques automóveis mais renovados do país.

Analisando a idade do parque automóvel da Região em 2016, verifica-se que  cerca de 13,1% dos veículos tem menos de 5 anos, 31,5% tem entre 5 a 10 anos e 55,4% têm mais de 10 anos.

Os veículos ligeiros constituem o tipo de veículo rodoviário predominante, tendo correspondido, em 2016 a 84 % dos veículos existentes na região. O Parque automóvel dos Açores é constituído, em 2016, por cerca de 141.000 veículos, dos quais 118.635 (84%) são veículos ligeiros, 10.673 (7%) são motociclos e ciclomotores, e 9% divididos pelas restantes categorias.

No que concerne à distribuição de veículos por Ilha, verificamos que a ilha de São Miguel, com 72.000 veículos em 2016, detém 51,2% do parque de veículos total da Região, seguida da ilha Terceira com 33.000 veículos. O Faial com 10.211 veículos e o Pico com 9.770 veículos, são as restantes ilhas com maior número de veículos.

Em relação ao número de veículos por habitante, verifica-se que a ilha de São Jorge é a que apresenta maior número de veículos por habitante (0,72 veículos/habitante), seguida das ilhas do Pico e Faial com 0,69 e 0,68 veículos/habitante, respetivamente. A ilha de Santa Maria com (0,67 veículos/habitante), Graciosa com (0,63) e Terceira com (0,60), Flores com (0,58) e as ilhas de São Miguel e do Corvo com 0,52 e 0,32 veículos/habitante, respetivamente.

A análise da evolução do número de passageiros transportados no transporte público regular entre 2008 e 2016 não demonstra uma tendência clara de evolução, tendo sido transportados 8.673.782 passageiros em 2016, tendo existido um mínimo de 8.281.019 em 2011 e um máximo de 9.100.582 de passageiros transportados em 2013.

Em 2016 foram transportados na Região Autónoma dos Açores cerca de 8.673 mil passageiros, representando uma diminuição de 0,5%, ou seja, menos cerca de 43 mil passageiros quando comparado com o ano de 2015.

A ilha com maior decréscimo em termos de passageiros transportados foi a ilha Terceira, com menos 31.884, seguido da ilha do Pico, com menos 20.637, e em último a ilha de S. Maria, com menos 3.295.

O maior crescimento em 2016 verificou-se na ilha de S. Jorge com um aumento de 4.070, seguindo-se as ilhas Faial e Flores, com aumentos de 3.988 e 3.685, respetivamente.

A ilha de S. Miguel com 5,7 milhões de passageiros/ano representa cerca 66% dos passageiros transportados na Região, seguindo-se a Terceira com 26% (2,2 milhões de passageiros), sendo que as restantes ilhas representam 8% dos passageiros transportados.

 Fonte: DRT (Direção Regional dos Transportes)

Em termos de distribuição do fluxo de passageiros pelos meses do ano, verifica-se que o transporte coletivo de passageiros está fortemente dependente do transporte de crianças e jovens em idade escolar, uma vez que os períodos de férias escolares apresentam decréscimos para cerca de metade do fluxo de passageiros transportados.

O transporte de mercadorias em veículos automóveis (pesados ou ligeiros) constitui a única alternativa interna de transporte de bens, face à realidade arquipelágica e à reduzida dimensão das ilhas Açorianas.

Os principais constrangimentos deste setor resultam da reduzida dimensão dos mercados e ausência de economias de escala, o que conduz a uma forte dependência não só do transporte marítimo de mercadorias, mas também do setor da construção civil, onde grandes variações de atividade representam riscos elevados para a sustentabilidade das empresas e do sector.