Comparativamente ao período anterior não houve alteração relativamente ao número de cavidades vulcânicas nos Açores, sendo assim conhecidas 340 cavidades vulcânicas, resultado do esforço e do trabalho que tem vindo a ser dirigido pelo GESPEA (Grupo para o Estudo e Salvaguarda do Património Espeleológico dos Açores – redefinido através da Resolução do Conselho do Governo n.º 259/2020 de 25 de setembro de 2020) na inventariação e caracterização destas estruturas.
As cavidades vulcânicas dos Açores, em especial os tubos lávicos e os algares vulcânicos, para além de ostentarem um valioso património geológico, constituem também um habitat único de grande importância ecológica e biológica, onde se desenvolvem e concentram espécies endémicas troglóbias.
Devido ao elevado potencial turístico e de educação e sensibilização ambiental algumas cavidades vulcânicas reúnem condições de visitação, constituindo um importante recurso económico.
O reconhecimento do seu interesse científico e a necessidade da sua preservação levou à classificação como Monumentos Naturais de quatro cavidades vulcânicas, designadamente o Algar do Carvão, na Ilha Terceira, a Furna do Enxofre, na Ilha Graciosa, a Gruta das Torres, na Ilha do Pico e a Gruta do Carvão, na Ilha de São Miguel.
De acordo com o previsto no Decreto Legislativo Regional n.º 10/2019/A, de 22 de maio, que estabelece o regime de proteção e classificação das cavidades vulcânicas dos Açores (aplicável a todas as cavidades vulcânicas conhecidas, inventariadas ou a inventariar, em todas as ilhas do arquipélago dos Açores), estas serão classificadas numa de 4 categorias (Classe A, B, C ou D), em função do respetivo grau de conhecimento e importância em termos geológicos, biológicos, estéticos e de integridade.
Está ainda a ser preparado um plano de ação para as cavidades vulcânicas abertas à visitação regular e para as cavidades vulcânicas que forem classificadas em classe A (a mais importante), que estabelecerá as medidas e ações adequadas à concretização dos regimes de salvaguarda dos recursos e valores naturais presentes e à implementação dos usos compatíveis com a fruição sustentável.
O Geoparque Açores possui uma rica geodiversidade e um importante património geológico, assente numa rede de 121 geossítios (117 terrestres e 4 marinhos) dispersos pelas nove ilhas e fundos marinhos envolventes, materializando-se em cerca de 13.000 Km2 de área.
Os Geossítios são locais de interesse geológico que representam a geodiversidade existente e apresentam um elevado nível educativo, turístico e/ou científico.
A partir de 2020, o Geoparque Açores optou por não fazer a distinção entre geossítios e geossítios prioritários.
Comparativamente aos períodos anteriores não houve alteração relativamente ao número de geossítios.