Relatório do Estado do Ambiente dos Açores

Agricultura e Recursos Florestais
Arborizações
  1. As ações de arborização, mencionadas neste capítulo, englobam: arborização de incultos, florestação de terras agrícolas, florestação de terras não agrícolas, rearborização de áreas exploradas e reconversão florestal. Para além destas ações, designadas de forma genérica de arborizações, existem outras nomeadamente as beneficiações dos povoamentos florestais existentes, que têm como principal objetivo, melhorar o potencial produtivo do material lenhoso já instalado, ou recuperar povoamentos florestais já instalados. Estas intervenções são realizadas por agentes privados com recurso a regimes de apoios disponíveis na Região, pelo que o ritmo da sua evolução reflete também os períodos de vigência daqueles regimes.

    As áreas de expansão dos espaços florestais correspondem maioritariamente a áreas de florestação de terras agrícolas que atingiram os valores mais expressivos entre 1999 e 2007 (cerca de 780 ha). Nos anos mais recentes as áreas arborizadas por florestação de terras agrícolas diminuíram sensivelmente atingindo 44 ha no triénio 2008-2010, 14 ha no triénio 2011-2013 e no triénio 2014–2016 regista-se uma arborização de terras agrícolas e não agrícolas em 89,25 ha. No triénio 2017–2019, e entre 2020 e 2021, já no período de vigência do Programa de Desenvolvimento rural, PRORURAL+, foram arborizadas cerca de 28 ha e 18,45 ha. Nos últimos anos merece destaque a área abrangida por reconversão florestal que tem conhecido uma evolução positiva apreciável, fruto da aposta em modelos de silvicultura melhor adaptados às condições edafo-climáticas das estações florestais, que inclui não só ações de reinstalação de povoamentos em áreas florestais como também a beneficiação dos povoamentos florestais existentes, que têm como principal objetivo, melhorar o potencial produtivo do material lenhoso já instalado, ou recuperar povoamentos florestais já instalados.

    Obtendo-se o valor de 137 ha no triénio 2008-2010, um ligeiro aumento no triénio 2011- 2013, no valor de 173 ha, e um valor substancialmente superior para o triénio de 2014- 2016, 826,17 ha.

    No triénio 2016-2019, reconverteu-se cerca de 136,29 de área florestal e beneficiaram-se 1536,68 ha de área florestal. As áreas abrangidas por arborização de incultos e rearborização de áreas exploradas apresentam valores nulos desde 2010, motivado pelo facto de estas áreas estarem incluídas nas ações de florestação de terras não agrícolas e na reconversão florestal respetivamente.

    Mais recentemente, entre 2020 e 2021, reconverteu-se 74,25 ha de área florestal e beneficiaram-se 104,27 ha de área florestal.

    No âmbito do novo quadro de incentivos para o período de 2014 a 2020, denominado Programa de Desenvolvimento Rural para a Região Autónoma dos Açores 2014–2020 – PRORURAL+, para além de se terem mantido os apoios aos investimentos em áreas florestais, nomeadamente reconversão florestal, beneficiação florestal, arborização de terras agrícolas, e implementação de sistemas agroflorestais, foi implementada a ação Elaboração de Planos de Gestão Florestal (PGF). Este, caracteriza-se como sendo um instrumento orientador de gestão da exploração florestal, com área igual ou superior a 5h, que prevê no espaço e no tempo, as intervenções de natureza cultural e de exploração dos recursos, visando a produção sustentável dos bens e serviços por eles proporcionados e tendo em conta as atividades e os usos dos espaços envolventes. Assim é importante salientar que incluído no período de avaliação do triénio 2014-2016, foram elaborados planos de gestão florestal que contemplam uma área florestal de 900,34 ha. No triénio 2017–2019 foram elaborados PGF para uma área de 2952 ha.

    Os gráficos seguintes retratam a evolução das arborizações por categoria no período 2008-2022. 

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Última atualização a 28-02-2023