Relatório do Estado do Ambiente dos Açores

Uso do Solo e Ordenamento do Território
Síntese
  1. Sistema de Gestão Territorial

    A Região aprovou, em 2012, o seu RJIGT, o qual procede ao desenvolvimento das bases da política de ordenamento do território e de urbanismo, definindo o regime de coordenação dos âmbitos do sistema de gestão territorial, o regime geral do uso do solo, bem como o regime de elaboração, acompanhamento, aprovação, execução e avaliação dos IGT, adequando o sistema de planeamento territorial às especificidades físicas, socioeconómicas e institucionais da Região.

     

    Instrumentos de desenvolvimento territorial e de política sectorial

    Em 2010 foi aprovado o PROTA, enquanto instrumento de desenvolvimento territorial que estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território regional. Em termos de instrumentos de política sectorial, a Região dispunha, no final de 2022, de 8 planos sectoriais de ordenamento do território, nos domínios do turismo, da Rede Natura 2000, dos resíduos, dos recursos hídricos, das atividades extrativas e das alterações climáticas. 

    Dos oito planos setoriais em vigor em 2022, o plano do domínio do turismo encontrava-se em processo de revisão, além disso e no domínio dos recursos hídricos um dos planos encontrava-se em processo de alteração e outros dois em processo de atualização.

     

    Instrumentos de natureza especial

    Em 2022, todas as ilhas encontravam-se abrangidas por Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), 10 no total, sendo que o POOC Terceira estava em processo de alteração, e os restantes POOC à exceção do da ilha do Pico e Faial, encontravam-se em processo de avaliação. Para além disso, encontravam-se em vigor naquela data 5 POBHL, sendo que existiam 3 na ilha de São Miguel, 1 na ilha do Pico e 1 na ilha das Flores e 1 POAP, na ilha do Pico. 

     

    Instrumentos de planeamento territorial

    Nos Açores, todos os municípios possuem PDM em vigor, encontrando-se alguns deles em processo de revisão. Para além disso, encontram-se em vigor 7 PU (5 em São Miguel, 1 na Terceira e 1 no Faial), 12 PP, sendo 4 na ilha de São Miguel, 3 nas ilhas do Faial e Santa Maria, 1 na ilha Terceira e apenas 1 na ilha e Graciosa, e 6 UE, todas na ilha de São Miguel.

     

    Avaliação dos instrumentos de gestão territorial

    Em 2010 foi elaborado o 1º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas e o 1º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Sete Cidades, e em 2013 foi elaborado o 1º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha da Ilha do Pico. De forma a dar continuidade aos processos de avaliação, no ano de 2014 foi elaborado o 2º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, bem como o 2º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Sete Cidades. Posteriormente, em 2017 foi publicado o 1º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Orla Costeira da ilha de São Jorge e no ano seguinte o 1º Relatório de Avaliação do Plano de Ordenamento da Orla Costeira da ilha Terceira. Já em 2020 foi publicado o 1.º Relatório de Avaliação dos Planos de Ordenamento do Território da Orla Costeira da ilha de São Miguel - Costa Norte e Costa Sul.

    Por último, e no que respeita a Planos Sectoriais, no final de 2018 foi publicado o 1º Relatório de Avaliação Intercalar do Plano de Gestão da Região Hidrográfica dos Açores 2016-2021, e no final de 2022, foi publicado o 1.º Relatório de Monitorização do Programa Regional para as Alterações Climáticas.

    Assim, até ao final do ano de 2022, existiam no total 1 Relatório de Avaliação de Plano Sectorial e 8 Relatórios de Avaliação de Planos Especiais de Ordenamento do Território concluídos.

    Ocupação do Solo

    Em 2007, foi elaborada a primeira carta de ocupação do Solo da Região Autónoma dos Açores (COS.A/2007), utilizando imagens de satélite LANDSAT 7. Tendo em consideração que a dinâmica na ocupação do solo tem revelado mudanças significativas, a COS.A foi atualizada em 2018, através da utilização de uma fonte de dados orbitais, nomeadamente SPOT6 e SPOT7. Importa salientar que na atualização da COS.A/2018 foi revista a sua nomenclatura, tendo sido considerados 3 níveis hierárquicos, o que permitiu uma análise mais minuciosa do território.

    Em termos globais, os padrões de ocupação descritos na COS.A/2007 não foram alterados, continuando a ser notória a instalação dos tecidos urbanos junto às zonas costeiras e a forte presença de áreas agrícolas entre estas zonas e a parte mais alta das ilhas, que por sua vez são ocupadas essencialmente por floresta.

     

    Paisagem

    Em 2018, com a publicação da Resolução de Conselho de Governo n.º 135/2018, de 10 de dezembro, foram aprovados os objetivos de qualidade de Paisagem e as orientações para a gestão da Paisagem dos Açores, com vista à promoção da proteção, ordenamento e gestão ativa e integrada da Paisagem dos Açores, bem como as delimitações das unidades de paisagem de cada uma das ilhas do Açores, os elementos singulares e os pontos panorâmicos identificados no âmbito do Estudo da Paisagem dos Açores, cuja informação foi disponibilizada no Portal do Ordenamento do Território dos Açores, através do SIAGPA.

Última atualização a 28-02-2023